A Mecânica ao Longo do Tempo"
... por Rui Barata
Longe vão os tempos em que a mecânica dos automóveis era constituída essencialmente por orgãos mecânicos que, com o decorrer dos anos, se aperfeiçoou graças à tecnologia que se foi desenvolvendo.
Longe vão os tempos em que a mecânica dos automóveis era constituída essencialmente por orgãos mecânicos que, com o decorrer dos anos, se aperfeiçoou graças à tecnologia que se foi desenvolvendo.
Na verdade, e mais concretamente nos E.U.A existiam motores a gasolina de grande cilindrada, em ferro fundido, que desenvolviam muitas vezes poucos cavalos, graças sobretudo às caixas de velocidades extremamente reduzidas – 3 e 4 velocidades, destacando-se diversos tipos de escalonamento -, ao peso elevado que consequentemente fazia subir os consumos, entre outros aspectos. Para completar esta conjuntura, estas máquinas integravam, por exemplo, carburadores duplos simples, 2 e 3 carburadores duplos, das marcas Solex ou Weber. Os «roncos» emitidos por estes grandes e belos motores eram esplendorosos!
Na Europa e Japão os propulsores, sendo mais pequenos, acabam por apresentar as mesmas características dos norte-americanos: consumos elevados – embora não tanto - e uma fiabilidade bastante aceitável. Na segunda metade da década de trinta e graças à Mercedes, surge o primeiro motor a diesel, em carros de série. Só muito mais tarde estes blocos se vulgarizaram, principalmente em carros de grande porte, que exigiam mais robustez e força disponível num dado momento (binário). Nos anos 50, também a Fiat e a Peugeot se iniciaram nesta actividade, sendo nos dias que correm, algumas das marcas que mais entregaram à indústria automobilística, no campo dos diesel. Eles cobrem grande parte das preferências dos consumidores, pela sua espantosa evolução em relação aos automóveis movidos a gasolina: baixo consumo e mais robustez, e ainda uma ordem de marcha rápida e eficaz, esbatendo-se a diferença para os gasolina. Para isto resultar, os turbos e as injecções directas contribuíram significativamente. Os motores tornam-se assim também mais eficientes e a evolução espantosa registada ao nível dos óleos sintéticos permite-lhes um funcionamento soberbo e uma fiabilidade extrema, nunca atingidas em décadas passadas. Mesmos os de mais baixa cilindrada são cada vez mais robustos, destacando-se os Fire italianos, os japoneses, alemães e até os do grupo PSA e Renault. De facto, quando um propulsor é mais pequeno e consequentemente os seus pistões são mais baixos, o movimento ascendente e descendente destes no seu interior, torna-se mais acelerado e portanto, existe uma maior fricção e desgaste das peças comparativamente a outro bloco de maior cilindrada. Aqui os pistões são maiores e esse movimento é feito menos vezes à mesma velocidade. Daí os pequenos motores terem sempre menos binário disponível a um mesmo regime, que outros propulsores maiores, uma vez que estes últimos geram mais pressão e potência no seu interior. Actualmente, exploram-se motores de pequena cilindrada quer a gasóleo, quer a gasolina, donde se extraem miraculosamente muitos cavalos de potência, que permitem o prazer imediato, em detrimento da durabilidade destes. Contudo, os motores tradicionais com cilindradas equiparadas às potências e binário também existem e tendem a subsistir. Os novos mecanismos usados para a alimentação do motor são responsáveis, em parte, pelas boas prestações dos veículos.
Nos princípios da década 70 surgiram alguns modelos dignos de registo, como o Peugeot 504 – e também o 404, nos anos 60 -, o BMW Tii, e o Turbo, bem como os pequenos Fiat Abarth, que já apresentavam sistemas de alimentação com injecção electro-mecânica, sendo por isso referências na sua época, pelas performances que atingiam. Nos fins de 70’s, princípios da década de 80, surge a moda dos GTI’s. Como exemplo temos um marco histórico, o Golf GTI. Modelo apreciado por todos e dono de um belo comportamento e performances extra.
Surgem mais tarde e já em plena década de 80, carros com injecção electrónica e ignição semi-electrónica acoplada. Os sistemas de platinados que equipavam as viaturas nas décadas anteriores deixaram ser instalados, dando lugar ao sistema referido que ajudava principalmente no arranque a frio. O Uno Fire 1000 seria o primeiro do carro do mundo, nos segmentos A e B, a apresentar o distribuidor electrónico, embora com carburador, sendo que noutras categorias de veículos, nomeadamente no Renault 21 e no Lancia Prisma, já se encontravam orgãos de injecção de combustível. Gradualmente estes sistemas foram sendo colocados em modelos mais baixos. Entramos na década de noventa e nos fins de 1992, surgem definitivamente estes sistemas de alimentação, que deitaram por terra o famoso carburador usado durante décadas a fio. Contudo, cabe aqui frisar que já existiam modelos nos anos sessenta e setenta que possuíam sistemas de injecção de combustível electro-mecânicos e não totalmente electrónicos, como já foi referido.A injecção monoponto é caracterizada por um injector que serve os quatro cilindros, a injecção multiponto é caracterizada por um injector que serve cada cilindro, tornando a gestão de combustível mais controlada, gerando mais performance e mais baixo consumo. Os sistemas de injecção electrónico foram herdados da fórmula 1, revolucionando por completo a indústria automóvel. A acompanhar esta introdução, foram instalados também conversores catalíticos nas panelas de escape para preservação do meio ambiente, tornando os gases menos tóxicos. Inclusivamente, este orgão fez perder alguns cavalos em modelos dos anos 90, como o Uno 60 SX e o Opel Corsa 1.2: de 58 para 50 CV e de 55 para 45 CV, respectivamente.
Com o século XXI e com a constante inovação tecnológica, a electrónica nos automóveis não só os torna mais seguros, económicos e eficientes, como também menos fiáveis. Na verdade o ABS (sistema anti - boqueio das rodas), ajudado pelo EBD (repartição da força de travagem), o controlo de estabilidade, o airbag, as direcções assistidas eléctricas, os aceleradores electrónicos – sem o tradicional cabo -, entre outros mecanismos da nossa era, tornaram os veículos mais modernos e mais confortáveis para um público cada vez mais exigente e ciente das novas tecnologias. Entra-se assim na época dos automóveis de excepção, até mesmo em modelos mais baixos.
Nos ralis, esta tecnologia foi aplicada também em detrimento do que se fazia por exemplo nos anos 70 e 80, com o Renault 5 Turbo ou Audi Quattro que atingiam potências incríveis, na ordem dos 300 e 400 cv. Os WRC actuais, graças à electrónica, estão mais “domados”, mas mesmo assim são mais eficientes, estando bem à altura dos seus antepassados, em termos de performances.
As caixas de velocidades também conheceram uma evolução fantástica ao longo do tempo. No início, os automóveis possuíam engrenagens muito duras e desconfortáveis, mais tarde já existiam mudanças sincronizadas, embora não todas. Estávamos nos anos 40 e 50 e já existiam modelos, como por exemplo o Triumph Herald 1200, que apenas ostentava algumas velocidades sincronizadas. Geralmente eram 3 e o comando destas encontrava-se na caixa do volante. Nos anos 60 / 70 vulgarizam-se as 4 velocidades totalmente sincronizadas - excepto o Land Rover, entre um ou outro - e o respectivo comando no chão, junto ao travão de mão. Aliás este último era muito usado debaixo do volante. A Toyota que sempre andou na vanguarda da tecnologia, apresentou nos seus modelos Corolla e Celica, em meados dos anos 70, caixas de 5 velocidades, melhorando-se assim o consumo e a velocidade de ponta. O Saab 900 Turbo seria outro exemplo, nos finais desta década e princípios da seguinte. Nesta última, o pequeno Uno inovava também ao apresentar uma caixa de 5, num utilitário. Com os anos 90 o marketing prevalece mais do que nunca e os primeiros veículos com 6 velocidades começam a surgir. Como exemplo pode dar-se o Punto I, de 6 velocidades. No século XXI, as caixas de 5 e 6 tornaram-se comuns, bem como as automáticas - que já existem desde há décadas - e mais recentemente as novas Tiptronic, ao estilo da fórmula 1, fazem as delícias dos condutores mais desportivos, sendo possível trocar de mudança através de uns botões localizados no volante.
As suspensões são outro aspecto muito importante a considerar num veículo automóvel, principalmente porque fazem parte da segurança do mesmo. Longínquo vai o tempo em que elas eram constituídas por molas de lâmina, onde os eixos eram suportados. Quanto maiores e mais reforçadas fossem, mais carga suportavam. Elas eram utilizadas sobretudo em camiões mais pequenos e também nos de grande porte. Mais tarde são desenvolvidos amortecedores telescópicos de lubrificação permanente, as molas helicoidais, bem como as suspensões independentes, eixos de torção, entre outros desenhos de suspensão, que equipavam todos os modelos, sendo na minha opinião, um carro com amortecedores independentes, o que tem melhor comportamento geral, tornando-se importante para o bom comportamento do carro, uma boa distância entre eixos e uma boa largura das vias. Será ainda oportuno salientar os hidráulicos da Citroën, que fizeram furor a partir dos anos 50, permitindo por exemplo ao ID/DS (Boca de Sapo) ser um dos mais revolucionários automóveis de sempre. O seu comportamento e o dos seus irmãos mais recentes, GS, ou CX, era soberbo, contudo a fiabilidade das suspensões não era, muitas vezes, a melhor.
Os travões são outro pormenor a não descurar num veículo. Num passado remoto, eles eram constituídos por tambores nas quatro rodas, sem servo-assitência e os travões de mão operados por cabos, tal como hoje em dia. Posteriormente, surgiu o servo-freio e os discos, tendo os mesmos sido vulgarizados nos anos 70. No início desta década automóveis com travões de disco às quatro rodas eram vulgares na alta gama, como por exemplo: o Mercedes 220 ou 240, ou até mesmo o Peugeot 504. O sistema de discos à frente e tambores atrás é usado na grande maioria dos veículos, até hoje. Enquanto que a presença de quatro permite uma travagem mais eficiente e equilibrada, sem adornos da carroçaria, a existência de dois na dianteira, permite uma inclinação para a frente, em situações de travagem mais forte. Isto deve-se ao facto de os tambores serem menos eficientes. Sendo uma constante nos dias que correm, os discos ventilados e turbo- ventilados melhoram o conforto das travagens, mas foi o ABS e o EBD (já referidos) que revolucionaram o mundo automóvel neste campo, evitando os bloqueios constantes do sistema mecânico de travões de disco às 4 rodas.
Também a segurança geral do veículo é cada vez mais tida em conta pelos construtores, mas no passado não era considerada tão importante. Embora fossem robustos na chaparia, os carros não eram de todo seguros. Com o «crash» petrolífero de 1973, os combustíveis tiveram um aumento estrondoso que fez com que os construtores de automóveis se adaptassem a estas novas necessidades… era urgente fazer carros mais leves e portanto mais económicos. Estávamos na década de oitenta e a sociedade de grande consumo aumenta bastante: há muitos mais modelos a circular, pelo que houve necessidade de rentabilizar os custos. Os materiais aplicados são de menor qualidade e mais leves, conseguindo-se assim consumos mais baixos. Consequentemente, a segurança foi de alguma maneira esquecida. No entanto, os pensamentos da década de 90 inverter-se-iam completamente, tendo sido introduzidas novos sistemas de segurança: melhorou-se a qualidade dos materiais, vulgarizaram-se os airbags, as barras nas portas, as estruturas reforçadas, etc. Os carros são mais fracos exteriormente, mas as suas estruturas estão completamente reforçadas, contra impactos laterais, frontais e capotamento. A qualidade é tida cada vez mais em conta por todos os construtores de automóveis e a tendência é evoluir-se cada vez mais neste campo… neste grande mundo que são os automóveis!
Nos princípios da década 70 surgiram alguns modelos dignos de registo, como o Peugeot 504 – e também o 404, nos anos 60 -, o BMW Tii, e o Turbo, bem como os pequenos Fiat Abarth, que já apresentavam sistemas de alimentação com injecção electro-mecânica, sendo por isso referências na sua época, pelas performances que atingiam. Nos fins de 70’s, princípios da década de 80, surge a moda dos GTI’s. Como exemplo temos um marco histórico, o Golf GTI. Modelo apreciado por todos e dono de um belo comportamento e performances extra.
Surgem mais tarde e já em plena década de 80, carros com injecção electrónica e ignição semi-electrónica acoplada. Os sistemas de platinados que equipavam as viaturas nas décadas anteriores deixaram ser instalados, dando lugar ao sistema referido que ajudava principalmente no arranque a frio. O Uno Fire 1000 seria o primeiro do carro do mundo, nos segmentos A e B, a apresentar o distribuidor electrónico, embora com carburador, sendo que noutras categorias de veículos, nomeadamente no Renault 21 e no Lancia Prisma, já se encontravam orgãos de injecção de combustível. Gradualmente estes sistemas foram sendo colocados em modelos mais baixos. Entramos na década de noventa e nos fins de 1992, surgem definitivamente estes sistemas de alimentação, que deitaram por terra o famoso carburador usado durante décadas a fio. Contudo, cabe aqui frisar que já existiam modelos nos anos sessenta e setenta que possuíam sistemas de injecção de combustível electro-mecânicos e não totalmente electrónicos, como já foi referido.A injecção monoponto é caracterizada por um injector que serve os quatro cilindros, a injecção multiponto é caracterizada por um injector que serve cada cilindro, tornando a gestão de combustível mais controlada, gerando mais performance e mais baixo consumo. Os sistemas de injecção electrónico foram herdados da fórmula 1, revolucionando por completo a indústria automóvel. A acompanhar esta introdução, foram instalados também conversores catalíticos nas panelas de escape para preservação do meio ambiente, tornando os gases menos tóxicos. Inclusivamente, este orgão fez perder alguns cavalos em modelos dos anos 90, como o Uno 60 SX e o Opel Corsa 1.2: de 58 para 50 CV e de 55 para 45 CV, respectivamente.
Com o século XXI e com a constante inovação tecnológica, a electrónica nos automóveis não só os torna mais seguros, económicos e eficientes, como também menos fiáveis. Na verdade o ABS (sistema anti - boqueio das rodas), ajudado pelo EBD (repartição da força de travagem), o controlo de estabilidade, o airbag, as direcções assistidas eléctricas, os aceleradores electrónicos – sem o tradicional cabo -, entre outros mecanismos da nossa era, tornaram os veículos mais modernos e mais confortáveis para um público cada vez mais exigente e ciente das novas tecnologias. Entra-se assim na época dos automóveis de excepção, até mesmo em modelos mais baixos.
Nos ralis, esta tecnologia foi aplicada também em detrimento do que se fazia por exemplo nos anos 70 e 80, com o Renault 5 Turbo ou Audi Quattro que atingiam potências incríveis, na ordem dos 300 e 400 cv. Os WRC actuais, graças à electrónica, estão mais “domados”, mas mesmo assim são mais eficientes, estando bem à altura dos seus antepassados, em termos de performances.
As caixas de velocidades também conheceram uma evolução fantástica ao longo do tempo. No início, os automóveis possuíam engrenagens muito duras e desconfortáveis, mais tarde já existiam mudanças sincronizadas, embora não todas. Estávamos nos anos 40 e 50 e já existiam modelos, como por exemplo o Triumph Herald 1200, que apenas ostentava algumas velocidades sincronizadas. Geralmente eram 3 e o comando destas encontrava-se na caixa do volante. Nos anos 60 / 70 vulgarizam-se as 4 velocidades totalmente sincronizadas - excepto o Land Rover, entre um ou outro - e o respectivo comando no chão, junto ao travão de mão. Aliás este último era muito usado debaixo do volante. A Toyota que sempre andou na vanguarda da tecnologia, apresentou nos seus modelos Corolla e Celica, em meados dos anos 70, caixas de 5 velocidades, melhorando-se assim o consumo e a velocidade de ponta. O Saab 900 Turbo seria outro exemplo, nos finais desta década e princípios da seguinte. Nesta última, o pequeno Uno inovava também ao apresentar uma caixa de 5, num utilitário. Com os anos 90 o marketing prevalece mais do que nunca e os primeiros veículos com 6 velocidades começam a surgir. Como exemplo pode dar-se o Punto I, de 6 velocidades. No século XXI, as caixas de 5 e 6 tornaram-se comuns, bem como as automáticas - que já existem desde há décadas - e mais recentemente as novas Tiptronic, ao estilo da fórmula 1, fazem as delícias dos condutores mais desportivos, sendo possível trocar de mudança através de uns botões localizados no volante.
As suspensões são outro aspecto muito importante a considerar num veículo automóvel, principalmente porque fazem parte da segurança do mesmo. Longínquo vai o tempo em que elas eram constituídas por molas de lâmina, onde os eixos eram suportados. Quanto maiores e mais reforçadas fossem, mais carga suportavam. Elas eram utilizadas sobretudo em camiões mais pequenos e também nos de grande porte. Mais tarde são desenvolvidos amortecedores telescópicos de lubrificação permanente, as molas helicoidais, bem como as suspensões independentes, eixos de torção, entre outros desenhos de suspensão, que equipavam todos os modelos, sendo na minha opinião, um carro com amortecedores independentes, o que tem melhor comportamento geral, tornando-se importante para o bom comportamento do carro, uma boa distância entre eixos e uma boa largura das vias. Será ainda oportuno salientar os hidráulicos da Citroën, que fizeram furor a partir dos anos 50, permitindo por exemplo ao ID/DS (Boca de Sapo) ser um dos mais revolucionários automóveis de sempre. O seu comportamento e o dos seus irmãos mais recentes, GS, ou CX, era soberbo, contudo a fiabilidade das suspensões não era, muitas vezes, a melhor.
Os travões são outro pormenor a não descurar num veículo. Num passado remoto, eles eram constituídos por tambores nas quatro rodas, sem servo-assitência e os travões de mão operados por cabos, tal como hoje em dia. Posteriormente, surgiu o servo-freio e os discos, tendo os mesmos sido vulgarizados nos anos 70. No início desta década automóveis com travões de disco às quatro rodas eram vulgares na alta gama, como por exemplo: o Mercedes 220 ou 240, ou até mesmo o Peugeot 504. O sistema de discos à frente e tambores atrás é usado na grande maioria dos veículos, até hoje. Enquanto que a presença de quatro permite uma travagem mais eficiente e equilibrada, sem adornos da carroçaria, a existência de dois na dianteira, permite uma inclinação para a frente, em situações de travagem mais forte. Isto deve-se ao facto de os tambores serem menos eficientes. Sendo uma constante nos dias que correm, os discos ventilados e turbo- ventilados melhoram o conforto das travagens, mas foi o ABS e o EBD (já referidos) que revolucionaram o mundo automóvel neste campo, evitando os bloqueios constantes do sistema mecânico de travões de disco às 4 rodas.
Também a segurança geral do veículo é cada vez mais tida em conta pelos construtores, mas no passado não era considerada tão importante. Embora fossem robustos na chaparia, os carros não eram de todo seguros. Com o «crash» petrolífero de 1973, os combustíveis tiveram um aumento estrondoso que fez com que os construtores de automóveis se adaptassem a estas novas necessidades… era urgente fazer carros mais leves e portanto mais económicos. Estávamos na década de oitenta e a sociedade de grande consumo aumenta bastante: há muitos mais modelos a circular, pelo que houve necessidade de rentabilizar os custos. Os materiais aplicados são de menor qualidade e mais leves, conseguindo-se assim consumos mais baixos. Consequentemente, a segurança foi de alguma maneira esquecida. No entanto, os pensamentos da década de 90 inverter-se-iam completamente, tendo sido introduzidas novos sistemas de segurança: melhorou-se a qualidade dos materiais, vulgarizaram-se os airbags, as barras nas portas, as estruturas reforçadas, etc. Os carros são mais fracos exteriormente, mas as suas estruturas estão completamente reforçadas, contra impactos laterais, frontais e capotamento. A qualidade é tida cada vez mais em conta por todos os construtores de automóveis e a tendência é evoluir-se cada vez mais neste campo… neste grande mundo que são os automóveis!
Estamos assim perante os carros mais seguros e evoluídos de sempre, e o equilíbrio é a palavra chave para descrever o agitado mundo automóvel. Esta é sem dúvida, a era do que de melhor foi feito pelos humanos ao nível da automobilística.
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