Dicas para uma boa manutenção do automóvel
por Rui Barata:
Cuidados com a mecânica:
- Revisões feitas sempre em tempo oportuno, ou seja, de 5.000 em 5.000 Kms, ou de 10.000 em 10.000 Kms, consoante o tipo de óleo, não esquecendo os filtros de ar, gasolina e óleo e troca de velas. De preferência deve optar-se por óleos sintéticos ou semi-sintéticos, uma vez que o mineral não protege o motor tão bem das baixas e das altas temperaturas. Os óleos sintéticos são quimicamente mais estáveis e resistem melhor à variação “frio – quente”. Eles são produzidos artificialmente, destacando-se a pouca tendência de coqueificação em temperaturas altas e o baixo ponto de solidificação em baixas temperaturas. São ainda resistentes a influências químicas. Hoje em dia encontram-se, por vezes, grandes quilometragens em algumas viaturas, dada a evolução que os óleos registaram nos últimos anos. Claro que um utilizador cuidadoso, que faça as revisões a tempo e horas e use um óleo sintético, tem a possibilidade de proteger a vida do seu motor. Um semi-sintético 10W40 será, por ventura, um dos produtos mais equilibrados que se pode usar. Em carros que façam viagens diárias muito curtas ou que circulem em ambientes húmidos ou poeirentos, é aconselhável mudar o óleo mais cedo, devido à humidade que se aloja neste, bem como o filtro de ar, devido às impurezas que se acumulam. O mesmo se aplica à utilização intensa em auto-estrada a alta velocidade, nomeadamente a troca prematura de velas e filtro de ar.
- Verificar com alguma frequência os níveis de óleo do motor e dos travões, bem como o nível de líquido do radiador (50% água destilada e 50% de anticongelante, ou em alternativa anticongelante puro) – que deve ser mudado de vez em quando, devido ao calcário acumulado - e reservatório do limpa – vidros;
- Verificar também o estado das correias do alternador e da distribuição;
- Em carros mais velhos é essencial colocar um produto de limpeza no depósito de combustível, de modo a limpar as vias de admissão. O “Slick 50” é outro produto que minimiza o consumo de óleo, o ruído e as folgas em motores já bastante rodados;
- Para estimar não se deve passar a marca das 3.000 / 3.500 rpm em cada mudança;
- Cuidados com o arranque a frio e com a imobilização dos propulsores: esperar pelo menos um minuto antes de arrancar e não atingir rotações altas. Não se deve desligar logo de seguida o motor, após algumas horas de utilização (cuidados redobrados nas versões turbo-diesel);
- Ao por a trabalhar, carregar no pedal da embraiagem para evitar mais esforço por parte do motor de arranque;
- Para colocar o carro em funcionamento, deverá ter-se ainda em conta o seguinte: rodar meia chave até as luzes do painel de instrumentos estarem completamente apagadas (injecção, óleo, airbags, etc.) e só depois por a trabalhar;
- Evitar o recurso constante à embraiagem e ao travão, bem como aceleradelas desnecessárias e “prego no fundo”;
- Realizar a manutenção programada no manual de instruções do carro.
Cuidados com a carroçaria:
- Evitar a exposição contínua ao sol, chuva e maresia, uma vez que as consequências são devastadoras: ferrugem, estofos e pintura queimados;
- Evitar a acumulação de impurezas, tais como: lamas, humidade, detritos de árvores e animais na carroçaria, principalmente nos pontos mais sensíveis;
- Lavar e limpar a carroçaria com alguma regularidade – de preferência de semana a semana – evitando as tais situações indesejadas. Preferencialmente deverá usar-se champôo na água para eliminar a sujidade, no Verão. No Inverno é de toda a conveniência que se misture umas gotas de óleo na água, ou em alternativa petróleo, para que a carroçaria fique protegida da chuva e da humidade;
- Lavar e limpar as lamas acumuladas nos pára-lamas do carro, de modo a evitar o seu apodrecimento;
- Em carros mais sensíveis à corrosão, a utilização de óleo nos pontos mais escondidos, como debaixo dos vidros, das portas, borrachas, etc. prevenirá o aparecimento da ferrugem;
- Utilizar cera para brilho e protecção da carroçaria e, de vez em quando, nas viaturas com cores pastel (quer tenham verniz, ou não) e com algum cuidado nas metalizadas, massa de polir fina ou média, para eliminação de riscos superficiais; a massa de polir está ainda indicada para a remoção de riscos, manchas e nódoas em cromados, bem como para limpeza dos vidros dos faróis;
- No interior: utilizar produtos – de preferência de silicone – para proteger o tablier e outros plásticos, que possam ao mesmo tempo remover todo o pó e sujidade; escovar e limpar com água e champôo os estofos e outros tecidos. Atenção à mala, nomeadamente o compartimento da roda sobresselente;
- No exterior: os plásticos também devem estar protegidos com produtos à base de silicone, ou óleo de cedro, uma vez que o clima lhes altera a cor e a textura;
- Vão do motor e acessórios mecânicos: limpeza cuidada com um pano seco ou com gordura de óleo. Evitar as lavagens com água sob pressão, devido à sensibilidade dos componentes eléctricos.
Cuidados a ter quando está muito tempo inactivo:
- Colocar o carro em local coberto, enxuto e arejado; abrir ligeiramente os vidros das duas portas da frente e cobri-lo com uma capa que o permita respirar;
- Direcção direita, pneus com a pressão correcta (29 lbs./ pol2 – 2 bar), destravado e desengatado;
- Devidamente limpo (proteger as partes pintadas, mediante a aplicação de ceras silicónicas e as partes metálicas polidas); andar pelo menos uma vez por mês, para o mesmo não se danificar, nomeadamente travões e sistema eléctrico e carregar a bateria (deve-se desligar um dos bornes da bateria);
- Não esvaziar o reservatório do líquido de refrigeração do motor.
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Mauro Rafael B. Inácio
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