A Anonima Lombarda Fabbrica di Automobili (ALFA) surge a 24 de Junho de 1910, tornando-se numa das principais empresas automobilísticas italianas.
Mais tarde, em 1915, a Nicola Romeo adquire a Alfa, que se encontrava em crise financeira neste período, surgindo então uma nova identidade denominada de Alfa Romeo. Em 1920 é lançado no mercado o primeiro produto da nova aliança.
A Alfa Romeo com o seu mais recente slogan “Cuore Sportivo”, pretende dar uma imagem um pouco mais desportiva do seu produto. Na verdade, pudemos assistir à comercialização, ao longo do tempo, de inúmeros modelos que invocam esse mesmo estilo automobilístico. Logo no início, as vitórias que alcançaria em corridas, nomeadamente nas Mille Miglia, confirmavam o impacto deste emblema a nível mundial.
Os anos 20 e 30 continuariam a ser muito produtivos dentro da empresa, onde as evoluções registadas no mundo automóvel, não deixaram indiferentes os seus engenheiros e dirigentes.
Em 1949, o 8 C 2500 SS “Vila d’Este” combinava o prestígio dos carros artesanais com os traços estilísticos modernos, inaugurando assim, uma nova postura, ao nível do design dentro da marca.
Nos anos 50, o Giulietta afirmar-se-ia como um automóvel bonito, e com performances dignas de registo, que o tornaram inesquecível nas estradas do mundo, bem como nas pistas.
Modelos como 1750 GT Júnior, os GTV 2000, entre outros, imortalizaram os anos 60 e 70, em matéria de desportivos. Com a estreita colaboração da Autodelta (equipa de competição da Alfa) surgiam modelos imortais como o GTA, TZ, entre outros, que vincaram a sua presença nos eventos desportivos da época. Este período viu nascer ainda o famoso Spider, que tantas alegrias deu a esta instituição automobilística, principalmente nas décadas seguintes.
Já os 1600 e os 2000 apresentar-se-iam como duas elegantes berlinas, destinadas a um público mais requintado. O design desportivo caracterizado pelo painel de instrumentos na forma de “dois arcos”, as suas frentes de quatro faróis redondos e a grelha frontal característica, presentes na grande diversidade de modelos, conquistaram adeptos por todo o planeta.
Com a evolução dos tempos, os Alfas, sempre na vanguarda da tecnologia, ostentavam, nos anos 70, os sofisticados sistemas de suspensão DeDion, que optimizavam o comportamento.
Nos princípios dos anos 80 os Giuliettas 1600 e 1800 de injecção faziam também furor perante a concorrência. Todavia, os Alfasud denegriram a imagem da casa italiana. O seu apodrecimento bastante precoce deitava por terra este modelo. Aliás, este problema foi constatado noutros automóveis, como o Sprint Veloce. Os materiais utilizados e a própria montagem também não eram dignos de registo. Os motores boxer – de cilindros opostos - que equipavam os Sprint Veloce e os 33 exigiam bastantes cuidados dada a sua constante desafinação. De facto, como eram muito rotativos, facilmente desafinavam em circuito urbano. Estes carros, dadas as suas características desportivas destinavam-se à estrada, onde aí poderiam mostrar, realmente, as suas potencialidades. No caso concreto do S. Veloce, o bloco 1300 mostrava-se bastante rotativo, graças em parte, à presença de dois carburadores duplos. Para completar esta conjuntura, as duas barras estabilizadoras permitiam um bom comportamento em curva, sendo este carro, um dos modelos - de baixa cilindrada - mais desportivos da década de 80. Os 75 – que surgiram aquando das comemorações dos 75 anos - e os raros 90, dado o segmento em que se inseriam, mostravam-se ainda assim, os melhores na 2ª metade dos anos 80.
A Alfa entraria assim na década de 90 com a sua imagem algo denegrida. Desta forma, houve necessidade de reformular por completo a marca, quer em matéria de carroçarias, quer ao nível mecânico, quer ainda do ponto de vista da sua estratégia de marketing. A Fiat (empresa mãe) decidiu então implementar novas técnicas de produção, que hoje em dia já mostram frutos. Estas inovações foram imprescindíveis para levantar a Alfa Romeo. O 155 começaria por dar o mote, ao vencer o DTM de 1993. Posteriormente, modelos como o 156 (que inaugurava o common rail) ou o 166 renovariam a imagem da casa de Arese, fazendo-nos esquecer algum passado recente mais sombrio, em termos de qualidade. Os motores que equipam estes modelos nada têm a ver com os antigos boxer e a qualidade de construção evoluiu incrivelmente. Cabe aqui salientar o excelente motor 2.5 litros V6 e uns interiores soberbos em pele e alcântara em algumas versões.
O novo 147 apresentar-se-ia, igualmente, bastante bom, embora os testes de colisão do EuroNCAP não o tenham beneficiado muito, ao pontuá-lo, apenas, com três estrelas. Os seu antecessores, 145 e 146 – comercializados na década de 90 – mostrariam um lado mais sombrio, relativamente ao volume de vendas.
As berlinas e as station wagon 159 e o 169, já no século XXI, mostram o lado mais elegante e persuasor da Alfa. De facto, os seus designs italianos da responsabilidade de Giugiaro mostram uma alma latina, que dificilmente encontramos noutros automóveis. Aliado a este facto, encontramos mecânicas modernas e robustas (de origem Fiat), para além de um acabamento de fazer tremer a concorrência alemã e japonesa.
O Mito, que partilha a plataforma, motores, entre outros aspectos, com o Fiat Grande Punto, reflecte a presença da marca italiana no segmento dos pequenos carros.
Os Brera, GT e Spider acabam por arrematar todo o desportivismo que sempre caracterizou esta casa, ao longo de um século de existência.
A sua vocação e, acima de tudo, a sua postura no mercado, afirmam isso de uma forma incontestável.
Mais tarde, em 1915, a Nicola Romeo adquire a Alfa, que se encontrava em crise financeira neste período, surgindo então uma nova identidade denominada de Alfa Romeo. Em 1920 é lançado no mercado o primeiro produto da nova aliança.
A Alfa Romeo com o seu mais recente slogan “Cuore Sportivo”, pretende dar uma imagem um pouco mais desportiva do seu produto. Na verdade, pudemos assistir à comercialização, ao longo do tempo, de inúmeros modelos que invocam esse mesmo estilo automobilístico. Logo no início, as vitórias que alcançaria em corridas, nomeadamente nas Mille Miglia, confirmavam o impacto deste emblema a nível mundial.
Os anos 20 e 30 continuariam a ser muito produtivos dentro da empresa, onde as evoluções registadas no mundo automóvel, não deixaram indiferentes os seus engenheiros e dirigentes.
Em 1949, o 8 C 2500 SS “Vila d’Este” combinava o prestígio dos carros artesanais com os traços estilísticos modernos, inaugurando assim, uma nova postura, ao nível do design dentro da marca.
Nos anos 50, o Giulietta afirmar-se-ia como um automóvel bonito, e com performances dignas de registo, que o tornaram inesquecível nas estradas do mundo, bem como nas pistas.
Modelos como 1750 GT Júnior, os GTV 2000, entre outros, imortalizaram os anos 60 e 70, em matéria de desportivos. Com a estreita colaboração da Autodelta (equipa de competição da Alfa) surgiam modelos imortais como o GTA, TZ, entre outros, que vincaram a sua presença nos eventos desportivos da época. Este período viu nascer ainda o famoso Spider, que tantas alegrias deu a esta instituição automobilística, principalmente nas décadas seguintes.
Já os 1600 e os 2000 apresentar-se-iam como duas elegantes berlinas, destinadas a um público mais requintado. O design desportivo caracterizado pelo painel de instrumentos na forma de “dois arcos”, as suas frentes de quatro faróis redondos e a grelha frontal característica, presentes na grande diversidade de modelos, conquistaram adeptos por todo o planeta.
Com a evolução dos tempos, os Alfas, sempre na vanguarda da tecnologia, ostentavam, nos anos 70, os sofisticados sistemas de suspensão DeDion, que optimizavam o comportamento.
Nos princípios dos anos 80 os Giuliettas 1600 e 1800 de injecção faziam também furor perante a concorrência. Todavia, os Alfasud denegriram a imagem da casa italiana. O seu apodrecimento bastante precoce deitava por terra este modelo. Aliás, este problema foi constatado noutros automóveis, como o Sprint Veloce. Os materiais utilizados e a própria montagem também não eram dignos de registo. Os motores boxer – de cilindros opostos - que equipavam os Sprint Veloce e os 33 exigiam bastantes cuidados dada a sua constante desafinação. De facto, como eram muito rotativos, facilmente desafinavam em circuito urbano. Estes carros, dadas as suas características desportivas destinavam-se à estrada, onde aí poderiam mostrar, realmente, as suas potencialidades. No caso concreto do S. Veloce, o bloco 1300 mostrava-se bastante rotativo, graças em parte, à presença de dois carburadores duplos. Para completar esta conjuntura, as duas barras estabilizadoras permitiam um bom comportamento em curva, sendo este carro, um dos modelos - de baixa cilindrada - mais desportivos da década de 80. Os 75 – que surgiram aquando das comemorações dos 75 anos - e os raros 90, dado o segmento em que se inseriam, mostravam-se ainda assim, os melhores na 2ª metade dos anos 80.
A Alfa entraria assim na década de 90 com a sua imagem algo denegrida. Desta forma, houve necessidade de reformular por completo a marca, quer em matéria de carroçarias, quer ao nível mecânico, quer ainda do ponto de vista da sua estratégia de marketing. A Fiat (empresa mãe) decidiu então implementar novas técnicas de produção, que hoje em dia já mostram frutos. Estas inovações foram imprescindíveis para levantar a Alfa Romeo. O 155 começaria por dar o mote, ao vencer o DTM de 1993. Posteriormente, modelos como o 156 (que inaugurava o common rail) ou o 166 renovariam a imagem da casa de Arese, fazendo-nos esquecer algum passado recente mais sombrio, em termos de qualidade. Os motores que equipam estes modelos nada têm a ver com os antigos boxer e a qualidade de construção evoluiu incrivelmente. Cabe aqui salientar o excelente motor 2.5 litros V6 e uns interiores soberbos em pele e alcântara em algumas versões.
O novo 147 apresentar-se-ia, igualmente, bastante bom, embora os testes de colisão do EuroNCAP não o tenham beneficiado muito, ao pontuá-lo, apenas, com três estrelas. Os seu antecessores, 145 e 146 – comercializados na década de 90 – mostrariam um lado mais sombrio, relativamente ao volume de vendas.
As berlinas e as station wagon 159 e o 169, já no século XXI, mostram o lado mais elegante e persuasor da Alfa. De facto, os seus designs italianos da responsabilidade de Giugiaro mostram uma alma latina, que dificilmente encontramos noutros automóveis. Aliado a este facto, encontramos mecânicas modernas e robustas (de origem Fiat), para além de um acabamento de fazer tremer a concorrência alemã e japonesa.
O Mito, que partilha a plataforma, motores, entre outros aspectos, com o Fiat Grande Punto, reflecte a presença da marca italiana no segmento dos pequenos carros.
Os Brera, GT e Spider acabam por arrematar todo o desportivismo que sempre caracterizou esta casa, ao longo de um século de existência.
A sua vocação e, acima de tudo, a sua postura no mercado, afirmam isso de uma forma incontestável.
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